Três pilares digitais para reflexão: ciência de dados, big data e internet das coisas

Quem acompanha o conteúdo aqui do site sabe que o curso de Sistemas de Informação da ESPM agora tem um novo nome: Ciência de Dados & Negócios. A mudança não é simplesmente na nomenclatura, mas em toda a estrutura conceitual do curso. Afinal de contas, aqui, entendemos que em um mundo cada vez mais interconectado, a geração de dados explodiu exponencialmente, impulsionada pela Internet das Coisas (IoT). Essa “explosão” de dados, que chamamos comumente de Big Data, exige ferramentas e técnicas sofisticadas para serem analisadas e transformadas em insights valiosos. É nesse contexto que a Ciência de Dados surge como um elemento responsável por extrair conhecimento desses vastos conjuntos de dados.

A Internet das Coisas, com sua rede de dispositivos inteligentes capazes de coletar e transmitir dados, é a principal fonte de alimentação para o Big Data. Sensores em casas, carros, fábricas e cidades geram uma quantidade imensa de informações sobre temperatura, umidade, localização, consumo de energia, entre outros. Esses dados, quando coletados e analisados, podem revelar padrões e tendências que antes eram invisíveis, permitindo a tomada de decisões mais precisas e eficientes. Aqui, vale – inclusive – uma definição acadêmica sobre o termo: a internet das coisas pode ser considerada como “um conjunto de redes, sensores, atuadores, objetos ligados por sistemas informatizados que ampliam a comunicação entre pessoas e objetos (o sensor no carro avisando a hora da revisão, por exemplo) e entre os objetos de forma autônoma, automática e sensível ao contexto (o sensor do carro alertando sobre acidentes no caminho). Objetos passam a ‘sentir’ a presença de outros, a trocar informações e a mediar ações entre eles e entre humanos” (LEMOS, 2014, p.239).

Observando o prisma de outro lado, temos a Ciência de Dados que oferece um conjunto de métodos e ferramentas para lidar com essa complexidade. Por meio de técnicas como aprendizado de máquina, estatística e visualização de dados, os cientistas de dados podem extrair insights valiosos do Big Data gerado pela IoT. Esses insights podem ser utilizados para otimizar processos, desenvolver novos produtos e serviços, personalizar experiências do cliente e muito mais.

Daí surge uma pergunta motivadora para o novo momento de nosso curso na ESPM: por que um profissional de dados deve estar atento a essas áreas?

A convergência da Ciência de Dados, Big Data e IoT está moldando o futuro de diversas indústrias, desde a manufatura até a saúde. Profissionais de dados que dominam essas áreas possuem um diferencial competitivo significativo. Eles são capazes de:

A) Analisar os dados gerados pela IoT idetificando padrões e tendências que indicam novas oportunidades de mercado;
B) Otimizar processos revelando gargalos e ineficiências em processos, permitindo que as empresas otimizem suas operações e reduzam custos;
C) Desenvolver produtos e serviços personalizados aumentando a satisfação do cliente e a fidelização;
D) Construir modelos preditivos capazes de antecipar eventos futuros, como falhas em equipamentos ou mudanças nas preferências dos consumidores;

De maneira geral, Ciência de Dados, o Big Data e a Internet das Coisas estão profundamente interligadas e impulsionando uma nova era de inovação. Profissionais de dados que dominam essas áreas possuem um papel fundamental na transformação digital das empresas e da sociedade como um todo. Ao se manterem atualizados sobre as últimas tendências e tecnologias, esses profissionais podem construir carreiras sólidas e gratificantes em um mercado cada vez mais demandante.

Referências:

Fonte: LEMOS, André. A comunicação das coisas: teoria ator – rede e cibercultura . São Paulo: Annablume , 2013.