Com o avanço das AIs capazes de fazer arte por si mesmas usando prompts de um usuário, cada vez mais aumenta um novo debate: as Inteligências Artificiais vão roubar o papel dos artistas? É correto usar elas nesse propósito?
A discussão tem se tornado cada vez mais comum nas redes sociais, principalmente no Twitte. Artistas defendem que as obras criadas por programas como DALL-E, Midjourney e Stable Diffusion não são verdadeiramente criativas ou que não se comparam ao trabalho de um artista. Enquanto desenvolvedores e usuários desses programas defendem o oposto e que elas podem avançar cada vez mais até chegar num nível indistinguível de peças feitas por humanos.
Outra parte do debate, no entanto, vai para a legitimidade e legalidade desses programas. Considerando que as referências que eles utilizam são – muitas vezes – diversas peças artísticas encontradas na internet ou imagens específicas que o usuário alimenta, fazendo com que elas “absorvam e imitem” os estilos de artistas.
Um dos exemplos da controvérsia envolvendo esse discurso foi quando após a recente morte do lendário artista Sul Coreano Kim Jum Gi, um usuário do Twitter imediatamente colocou várias de suas peças no seu programa de AI geradora de imagens para criar várias réplicas do estilo do artista falecido. Ele postou os resultados no Twitter oferecendo compartilhar o processo e prompts que usou para realizá-las, trazendo sobre si uma resposta imensamente desaprovadora e enojada da comunidade artística da plataforma no que viram como um terrível insulto e ato insensível contra Kim.