Desenhando mundo virtuais

Aqui no curso de Sistemas de Informação da ESPM, falamos bastante sobre metaversos. Temos até uma disciplina de modelagem 3D e uma eletiva de Realidades Mistas que colocam em perspectiva esse assunto – muitas vezes, associado somente ao universo dos games.

Então, para essa discussão, trazemos uma dica de livro e alguns insights do mesmo para você que curte o assunto.

O livro clássico que trabalha muito bem os conceitos de mundos virtuais é “Designing Virtual Worlds” do autor Richard Allan Bartle. Bartle foi co-autor do na criação do primeiro mundo-virtual (multi-User Dungeon), em 1978, desde então está à frente da indústria e do mercado de games. Especialista em Inteligência Artificial, Richard é um influenciador dos que trabalham desenvolvendo mundos virtuais.

Algumas ideias fundamentais do seu livro sobre o tema:

Mundos virtuais são lugares onde o imaginário encontra o real.”

Mundos virtuais são implementados por um computador, ou ume rede deles,que simula um ambiente. Alguns, mas não todas, as entidades desse ambiente estão sobre o controle direto de pessoas reais. Como muitas pessoas podem afetar o ambiente virtual simultaneamente, o mundo é chamado de compartilhado ou multi-user. O universo virtual é chamado de persistente pois mesmo que alguns players saiam e voltem dele, ele não para de mudar.

Mundos virtuais tem muitas aplicações além de mero entretenimento, mas os jogos de computador ainda são o top da cadeia de mercado de desenvolvimento de universos digitais.

Os mundo virtuais se originaram dos antigos MUDs (Multi-User Dungeons). Os primeiros mundos virtuais eram baseados em texto, onde eventos e o ambiente ocorriam quandoe ram descritos por palavras. A introdução de gráficos computadorizados foi um segundo passo da história, haviam então MUDs gráficos e MUDs textuais.

Os MUDs evoluíram para ambientes onde pessoas se conectavam simultaneamente e o universo mudava persistentemente, assim surgiram os MMORPGs (Massively-Multiplayer Online Role-Playing Games).

Vale dizer aqui que mundos virtuais não são uma realidade virtual, que é um conceito mais complexo e com interatividade diferente. Algum dia as pessoas que visitam mundos virtuais irão aproveitar de visores, luvas e sensores que transformarão sua experiência em algo mais imersivo.

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